Aos 22 anos, a atleta de Guarulhos dá sequência a um legado iniciado lá atrás. Em 2001, Daniele Hypolito deu ao Brasil a primeira medalha em um mundial de ginástica artística, com a prata no solo. Dois anos depois, Daiane dos Santos a primeira brasileira a tornar-se campeã mundial, em 2003. Agora, Rebeca —que já havia ganhado uma inédita medalha olímpica para a ginástica artística feminina brasileira, com a prata na final individual geral— entra para o ‘hall’ da fama do esporte como a primeira campeã olímpica do Brasil.
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A caminhada de Rebeca Andrade rumo ao duplo pódio olímpico começou quando ela ainda era criança, graças a uma tia que trabalhava no Ginásio Bonifácio Cardoso, na Vila Bonifácio, em Guarulhos. A tia viu talento na sobrinha e a apresentou à técnica. Não demorou para que a guarulhense ganhasse o apelido de “Daiane dos Santos 2”, numa referência a um dos maiores nomes da ginástica brasileira.
Hoje, é a campeã mundial Daiane dos Santos quem admira a jovem atleta. Emocionada, após a conquista da medalha de prata no individual geral, Daiane destacou a representatividade negra por trás da vitória em Tóquio. “Durante muito tempo disseram que as pessoas negras não podiam fazer alguns esportes, e a gente vê hoje a primeira medalha, de uma menina negra. Tem uma representatividade muito grande atrás de tudo isso”, falou a gaúcha, emocionada, num vídeo que rodou e comoveu o Brasil.

O Brasil agora torce pela ginasta na prova de solo, que acontece nesta segunda. Rebeca Andrade promete surpreender o país mais uma vez, que a essa altura já se acostumou a vê-la no pódio. Em entrevista ao Globo Esporte na véspera da competição, Rhony Ferreira, o coreógrafo de Rebeca, adiantou que a atleta tem uma “carta na manga” para a exibição de solo individual e que o “baile de favela, não será apenas para a favela, mas um baile pra o Brasil inteiro.”
Com o ouro no salto e a prata na ginástica individual geral, a atleta Rebeca Andrade se tornará uma recordista de medalhas do time brasileiro em uma única Olimpíada, igualando-se ao feito de Isaquias Queiroz que nos Jogos do Rio de 2016 conquistou três pódios — duas medalhas de prata e uma de bronze —na canoagem.
Fonte El País – Brasil
Fotos Reprodução Twitter do Time Brasil – Jonne Roriz