Um artigo científico encaminhado por cientistas do Butantan em abril para a revista científica The Lancet mostrou que a eficácia da CoronaVac para casos sintomáticos atingiu 50,7% com 14 dias de intervalo entre as duas doses, mais do que os 50,38% divulgados em janeiro com base nos dados iniciais do estudo clínico de fase 3. Além disso, a eficácia global, que aponta a capacidade que o imunizante tem de proteger em casos leves, moderados ou graves, pode chegar a 62,3% se o espaço entre as duas doses for de 21 dias ou mais.
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Os dados fazem parte de um aprofundamento dos estudos clínicos realizados em 2020 com mais de 12 mil participantes, todos profissionais da saúde. A pesquisa foi liderada pelo diretor de ensaios clínicos do Instituto Butantan, Ricardo Palacios. O artigo ainda diz que a eficácia mínima da vacina já aparece na segunda semana depois da primeira dose. Porém, para que a imunização fique completa, é necessário receber as duas doses.
Inicialmente, o estudo clínico de fase 3 indicava que, para os casos moderados e graves, que necessitam de assistência médica, a eficácia da vacina variava entre 78% e 100%. Nos resultados da nova pesquisa, no entanto, o imunizante se mostrou eficaz entre 83,7% e 100% dos casos. Isso significa que a CoronaVac tem a capacidade de reduzir a maioria dos casos que exigem algum cuidado médico.
O artigo ainda sugere que a CoronaVac, imunizante desenvolvido em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, é capaz de proteger contra as variantes P.1 e P.2 do novo coronavírus.
O estudo foi conduzido entre 21 de julho e 16 de dezembro de 2020. Foram 12.396 voluntários em 16 centros de pesquisa brasileiros, e todos receberam ao menos uma dose da vacina ou placebo. No total, 9.823 participantes receberam as duas doses. Não houve óbitos por Covid-19 durante os testes.
Os dados foram divulgados na plataforma de preprints da revista The Lancet e estão em processo de revisão por pares.
Butantan Notícias