Segundo o dicionário Michaelis racismo é, preconceito exagerado contra pessoas pertencentes a uma raça (etnia) diferente, geralmente considerada inferior. Nessa conjuntura a ideia de que existem várias raças humanas é errôneo, pois somos todos oriundos da mesma espécie, Homo Sapiens. Se somos todos da mesma espécie, porque é corriqueiro vermos paulatinamente cenas de racismo no dia a dia das ruas e nos esportes?
Os noticiários nos mostram cenas de assassinatos de negros em vários países que causaram uma forte revolta no mundo dos esportes. Recentemente os jogadores da NBA suspenderam as partidas dos play-offs e ameaçaram acabar com a temporada em protestos contra o racismo, fato esse que foi seguido por vários outros jogadores de esportes diferentes no Estados Unidos. Após uma longa reunião eles e os dirigentes da Liga decidiram voltar e terminar a temporada. Na corrida do último dia 13 de setembro, Lewis Hamilton seis vezes campeão da Formula 1 estampou a frase “arrest the cops who killed Breonna Taylor” – ou em português, “prendam os policiais que mataram Breonna Taylor” em uma camisa exigindo a prisão dos envolvidos.
Atletas negros são constantemente vítimas atos de racismo em vários países. Como não lembrar de torcedores jogando bananas para Daniel Alves quando ele jogava no Barcelona, ou do jogador Grafite quando jogava pelo São Paulo, ou do goleiro Aranha quando jogava no Santos, ou do jogador Marega do Porto de Portugal. E agora o tema volta aos holofotes pelo Campeonato Francês quando Neymar Jr., jogador do PSG, relatou ter sofrido racismo de por parte do jogado Álvaro González, zagueiro do Olympique de Marselha. O jogador brasileiro ao final da partida foi pego pelo VAR dando um cascudo em González e foi expulso. A revolta de Neymar Jr. ficou evidente quando o mesmo postou em suas redes sociais a sua indignação postando “VAR pegando minha “agressão” é mole…. agora eu quero ver pegar a imagem do racista me chamando de “MONO HIJO DE PUTA” (macaco filha da puta)… isso eu quero ver! E ai? CARRETILHA vc me pune… CASCUDO sou expulso… e eles? E ai?”. Além da revolta contra o ato racista que ele sofreu, o mesmo faz alusão a perseguição sofrida pelo árbitro, que o puniu quando ele tentou dar uma carretilha em jogo anterior. Ciente da punição o jogador do PSG publicou hoje em rede social “Aceito minha punição porque deveria ter seguido no caminho da disputa limpa do futebol. Espero que o ofensor também seja punido. O racismo existe, mas temos que dar um basta”
Essas ações nos levam a refletir sobre esse tema tão presente em todas as sociedades contemporâneas. Temos que parar abruptamente com cenas como estas, bem como as autoridades e entidades jurídicas e esportivas devem punir com rigor todas as ações racistas na sociedade e no meio esportivo. Ações coordenadas entre governos e entidades esportivas podem ser o caminho para a derrocada do racismo. Aos que sofrem ofensas racistas cabe a união e não baixar a cabeça. Os protestos em todas as partes do planeta são o sinal de que a maioria não apoia o racismo e que dar um basta nisso.